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A Importância das Relações Comerciais entre Brasil e China

Atualizado: 19 de fev. de 2021

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. No comércio exterior, a potência asiática se mostra elementar para a balança comercial brasileira por ser o maior comprador e investidor direto do país. O contexto da Guerra Comercial, fomentou o estreitamento da relação entre os países através de encontros e conferências do BRICS.


BRICS

O BRICS é um mecanismo de integração entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul que tem como objetivo a composição de uma aliança capaz de impulsionar a influência internacional dos países-membros. Com o passar dos anos, o mecanismo se tornou essencial para a relação do Brasil com as demais economias emergentes.

A agenda do BRICS possui duas vertentes. A agenda interna aborda temáticas relacionadas à cooperação, crescimento econômico e desenvolvimento social, enquanto a agenda externa contempla pautas referentes ao comércio, meio ambiente, segurança e pobreza.

Entre os anos de 2009 e 2018 aconteceram 10 reuniões, que culminaram em evoluções no ator internacional. No mecanismo, a cooperação que teve início nos setores de ciência e tecnologia, comércio, educação, energia, inovação saúde e segurança transnacional, atualmente envolve dezenas de setores.


Commodities

As relações diplomáticas entre o Brasil e a China existem desde o século XIX, porém só foi priorizada a partir da década de 1990, a partir de uma articulação comercial em benefício das mudanças econômicas que transcorreram os países na época. Este período foi marcado pela expansão da economia e do comércio mundial, que incitaram a criação do MERCOSUL.

No Brasil, o Plano Real equiparou a moeda brasileira ao dólar sinteticamente e barateou as exportações perante a indústria nacional. Contudo, a indústria brasileira passou pela desindustrialização devido às dificuldades de atender a demanda internacional por matérias-primas e cedeu o mercado para a China.


Na década posterior, a demanda internacional estabeleceu a elevação dos preços no chamado “Boom das Commodities”, que atribuiu ao Brasil posição relevante no comércio internacional, apresentando como efeito a expansão da economia brasileira.

O Brasil possui alta produção de commodities agrícolas capazes de valorizar o mercado nacional - como soja, laranja e café, por exemplo. Neste contexto, a China, com sua vasta demanda por insumos, se tornou o maior destino das exportações brasileiras. As importações chinesas beneficiaram a balança comercial brasileira, que atingiu um superávit de US$58,7 bilhões nas trocas comerciais com o exterior em 2019.


Produtos Exportados pelo Brasil

No que concerne às exportações brasileiras para a China, o setor de insumos básicos é o mais favorecido pela relação comercial, sobretudo os segmentos agropecuários - como carne de frango , extração mineral e o ramo petrolífero.


No período compreendido entre os anos de 2008 e 2018, as relações comerciais entre o Brasil e a China e as exportações brasileiras foram amplamente beneficiadas, com um crescimento equivalente a 16%. Todavia, em 2019, houve retração de 1,6% nas exportações para a China, porcentagem correspondente a US$62 bilhões. Entre os produtos exportados, os principais foram respectivamente soja, petróleo bruto e minérios de ferro, ainda que tenha havido retração na exportação de soja para a China.


Produtos Exportados pela China

Atualmente a China é a maior produtora industrial do mundo e possui grande capacidade exportadora devido à disposição de alta tecnologia e ao potencial competitivo dos seus produtos, que atraem tanto consumidores,quanto possíveis parceiros comerciais. Entre os anos de 2008 e 2019 as exportações chinesas para o Brasil tiveram expansão significativa e atingiram o seu auge em 2014, com cerca de US$36 bilhões e o seu declínio em 2016, com US$23 bilhões.


O segmento dos produtos manufaturados se destaca nesse âmbito, segundo dados do extinto Ministério da Economia, em 2019, representou dos 98,2% do total exportado. No entanto, é necessário compreender que a demanda nacional por produtos chineses depende do contexto internacional.

A Crise Econômica internacional que tem impactado drasticamente a economia brasileira se expõe como a maior causa para a queda das importações do Brasil. Com a redução da renda e do poder de compra, os consumidores brasileiros passaram a comprar menos e como consequência, as indústrias nacionais desestimulam a sua produção.

Considerações Prospectivas

A recessão internacional vigente tende a estimular ações protecionistas de países centrais, como a China e os Estados Unidos, fator que reduz significativamente as transações comerciais internacionais. No entanto, a disputa nebulosa entre essas potências gerou impacto duradouro na economia internacional e construiu um cenário de instabilidade no Sistema Internacional.

O refreamento das exportações da China em direção aos Estados Unidos pode conduzir à redução da demanda chinesa por matérias-primas. Ademais, os esforços estadunidenses por substituir a demanda chinesa de produtos agropecuários brasileiros por americanos desestimula a importação de insumos do Brasil.


Apesar disso, a ratificação de acordos entre o governo chinês e associações exportadoras brasileiras de produtos agrícolas permitiu a consolidação da aproximação entre o Brasil e a China, ainda que encontrem-se divergências no campo ideológico dos governos, permitindo a consideração de um futuro Acordo de Livre Comércio.


A Orbe Consultoria Internacional é uma empresa júnior de Relações Internacionais que desenvolve soluções para exportação e internacionalização de instituições dos mais diversos segmentos. Se interessou pelo assunto? Conheça os benefícios fiscais brasileiros para o processo de exportação.





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