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Café: Para quais países da União Europeia exportar?

Atualizado: 21 de fev. de 2021

A commodity de café representa uma cotação significativa para a balança comercial brasileira. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, capaz de coletar mais de 40 milhões e exportar mais de 35 milhões de sacas de 60kg anualmente. Nos últimos anos, as exportações têm sido otimizadas conforme as demandas do mercado internacional.


Desde a década de 1990, o mercado do café tende à expansão. Com a taxa média de crescimento anual de 2%, relatórios da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indicam que até 2030 o consumo mundial de café atingirá a marca de 208 milhões de sacas de 60kg por ano.


Em 2019, o consumo de café mundial de café foi de aproximadamente 168 milhões de sacas de 60kg. O Brasil é o segundo país em consumo e o primeiro em exportação do fruto em suas mais diversas formas. Apesar da grande demanda do produto, o mercado cafeeiro tem se tornado cada vez mais exigente, especialmente quanto às questões ligadas à preservação do meio ambiente e à sustentabilidade.

Contudo, a constante disponibilidade do produto no mercado conduz à baixa dos preços, fator que reduz significativamente a rentabilidade do mercado e leva pequenos e grandes produtores de café a considerar a exportação como estratégia de redução da dependência do mercado interno.


O processo de exportação bem sucedido contribui para o desenvolvimento interno e externo de uma empresa. Entretanto, para minimizar os riscos é essencial conhecer as demandas e diretrizes do novo mercado-alvo. Pensando nisso, a Orbe Consultoria Internacional apresenta o perfil de importador de café da União Europeia.


Por que exportar para a União Europeia?

De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os países importadores são responsáveis por cerca de 70% do consumo de café.

Segundo as pesquisas, a Europa lidera o ranking mundial de consumidores de café, com o consumo aproximado de 54,4 milhões de sacas de café anuais, representando 32% do consumo mundial, seguida pela Ásia e a Oceania, que juntas somam 23%, pela América do Norte com 18%, América do Sul, que apesar de ser a maior produtora, consome somente 16% da totalidade global. A África, por sua vez, equivale a 7% do consumo mundial, enquanto a América Central e o México, são responsáveis por apenas 3% da demanda global.

Além do grande mercado consumidor, o Acordo Mercosul-UE, outorgado em Bruxelas em junho de 2019, favorece as exportações de café brasileiro para o continente europeu, tornando os produtos brasileiros mais fortes e competitivos. O acordo também prevê a redução das barreiras tarifárias e a extinção das taxas de exportação após o quatro anos em vigor.

Diante das recentes resoluções, exportar café para a Europa tornou-se mais lucrativo.


Principais Países-Alvo

O café brasileiro corresponde a 21% da importação da União Europeia, conforme dados da Organização Internacional do Café (OIC). Após a redução das tarifas de exportação para grãos de café em 2019, assim como já vigorava para café solúvel, torrado e extratos, os grãos brasileiros têm percentual de 9% para a entrada na União Europeia.

Entre os maiores importadores do café brasileiro, está a Alemanha, como segundo maior importador do café brasileiro, atrás apenas dos Estados Unidos. As importações alemãs rendem ao Brasil cerca de US$789,65 milhões FOB anuais. A demanda alemã é composta majoritariamente pelos grãos crus de café, utilizadas pelas indústrias locais na produção de receitas e misturas consumidas em todo o país.


Já na Itália, terceira colocada no ranking de importação de café brasileiro com uma demanda anual correspondente a U$S466,62 milhões FOB. O país é considerado o maior consumidor global de café feito em máquina, dispondo de cerca de 800 mil máquinas de café por toda a sua extensão. Neste contexto, o mercado italiano abre espaço para a entrada tanto de café solúvel, quanto de grãos para a produção nacional.


Ocupando a quinta posição no ranking de importadores de café brasileiro, encontra-se a Bélgica, que importa do café brasileiro o equivalente a US$302,24 milhões FOB anuais. No entanto, assim como na Alemanha, a demanda por grãos é predominante.


Apesar de não ocuparem o pódio da importação de café, Portugal e Espanha são frequentemente escolhidos como mercado-alvo devido às proximidades culturais e linguísticas com o Brasil, além da tradição de consumo de café, junto à Holanda, detentora de uma das populações que mais consome café no mundo, com a média de 1,84 xícara diária per capita e de uma grande demanda por grãos de café.



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