Marketing Urbano: A gestão pública no desenvolvimento do município
Atualizado: 18 de fev. de 2021
O que é Marketing Urbano?
Na esfera governamental, é comum o debate sobre formas de se projetar uma cidade no cenário internacional, e se você é um gestor público provavelmente já se pegou pensando nisso. Existem diversas ferramentas que auxiliam nessa projeção, dentre elas, o marketing urbano ou marketing de cidades, um braço do planejamento estratégico da gestão pública.
A primeira coisa a ser levada em conta para que seu município seja destaque no cenário internacional é que ele tenha uma "marca", algo notável que o represente, para ser facilmente lembrado diante de milhares de outros. Logo, a gestão deve buscar uma identidade para a cidade, e a partir dessa identidade buscar seu nicho de atuação. Estamos falando de uma lógica de organizações privadas que é transferida para o setor público local, pois também envolve pensar em objetivos, missões e valores.
Nesse caso, o produto pensado através desses três pontos é a cidade, que deve apresentar uma identidade comercializável e rentável, dada suas aptidões e características, principalmente tendo em vista a atração de investimentos produtivos privados, de extrema importância para o desenvolvimento do município.
Ferramentas de Marketing Urbano
O Marketing Urbano surge com uma proposta de estruturar a identificação do público com a cidade através de um plano de desenvolvimento municipal. Mas quais são as ferramentas indispensáveis utilizadas para que o cidadão se identifique mais facilmente com o seu município?
A Orbe Consultoria Internacional elencou as 5 principais para você entender melhor o que compõe esse processo:
1. Ícones Arquitetônicos
A presença de grandes marcos da arquitetura é sempre uma via para a fácil assimilação daquele município com a obra e seu consequente destaque mundial.
2. Eventos Emblemáticos
Sediar grandes eventos mundiais como premiações renomadas, olimpíadas, copa do mundo, etc é um exemplo célebre de projeção do município internacionalmente.
3. Marcas (arquitetos, edifícios, marcas de intervenção por equipe especializada)
A presença de nomes de prestígio seja em obras privadas ou em algum setor do planejamento público da cidade (por exemplo, equipes alemãs para pensar estratégias de saúde durante a pandemia) garante um renome naquele município.
4. Discurso, slogan e logotipo
Podemos dizer que esses três elementos são a base de um plano de marketing urbano, pois se mostram eficazes em se fixar na memória dos indivíduos e proporcionam um fácil reconhecimento que pode refletir o impacto do município internacionalmente.
5. Parcerias público-privadas
A realização de parcerias firmadas pela gestão pública é sempre benéfica e bem vinda para o crescimento do município. Aproveitar a expertise de organizações privadas e aplicá-la na realidade pública local é uma das formas de alavancar seu desenvolvimento.
Dentre esses cinco elementos principais, a Orbe destaca os grandes eventos internacionais como um caminho bastante eficaz de projeção mundial, além de ser uma forma de captação de investimentos externos. Assim, entendemos que eventos emblemáticos são capazes de remodelar os desenhos urbanos, transformando a malha urbana (como na recepção de grandes eventos esportivos) e proporcionando a facilidade em reunir parcerias.
Vale destacar também a criação de um slogan e logotipo, de extrema relevância para estabelecer o sentimento de pertencimento dos cidadãos, pois uma abordagem direta e de grande impacto beneficia a relação entre cidade, cidadãos e gestão pública.
E o público alvo na estruturação do Marketing Urbano?
É importante questionar qual o principal público alvo que o marketing urbano atinge. Entendemos ser essencial que os habitantes do município se sintam satisfeitos com as mudanças proporcionadas pelo marketing urbano e que essas estejam de acordo com as necessidades dos eleitores, em se tratando de um processo de gestão municipal.
A partir disso, é notável que os interesses e influências indiretas sobre a marca da cidade são mais facilmente estabelecidos em cidades de médio porte em comparação a cidades globais, pois no primeiro tipo os grupos de interesses locais participam mais ativamente na construção e compreensão da imagem da cidade, que em geral ainda não está consolidada (ou não é tão difícil de consolidar), ao contrário de uma cidade global. A forma como a imagem da cidade é defendida por parte dos cidadãos e líderes de opinião, como músicos, escritores ou empresários também é de grande importância.
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