Siscomex: Quais os melhores Incoterms para exportar para a União Européia?
Atualizado: 17 de fev. de 2021
Você sabe o que é Siscomex ? E a funcionalidade dos Incoterms? Se a sua resposta for não, corre lá nos nossos posts linkados acima e fique inteirado sobre esses processos e recursos tão necessários na hora de exportar.
Mais do que conhecer a função dos Incoterms, é necessário saber como aplicá-los à sua realidade de exportação. Por isso, mais do que saber para onde exportar, é necessário analisar a burocracia do futuro destino de seus produtos. Tendo em vista que a União Europeia é um bloco econômico atraente para as exportações brasileiras, pode ser uma opção a ser considerada, e se faz importante entender como os Incoterms são aplicados nesse processo.
A União Europeia como opção de destaque para a exportação
A União Européia tem 4 dos 10 países que mais importam produtos do Brasil, sendo eles Holanda, Alemanha, Espanha e Itália. Em 2019 dos 130 bilhões de dólares em exportação que o Brasil vendeu, mais de 12 bilhões de dólares são advindos desses países, mais de 9% de todo o capital. A Holanda se destaca no número de importações em virtude do porto de Roterdã, que serve de entrada para o continente. Por sua vez, a Alemanha importa uma grande quantidade de café , cerca de 16%.
Já a Espanha compra muito a soja e o petróleo brasileiro, sendo responsável por cerca de, respectivamente, 27% e 21% de todas as compras advindas do Brasil desses produtos. Por fim, a Itália se destaca na importação de celulose, 21,1% de todo o produto brasileiro exportado.
Por isso, a importância da União Europeia nas exportações brasileiras deve ser destacada, e com isso saber quais a melhores formas de aplicar os famosos Incoterms quando o destino da sua mercadoria é o continente europeu.
A elaboração dos Incoterms é realizada pelo Comitê de Redação do ICC (International Chamber of Commerce), contando com a participação de diversos países, em sua maioria europeus, por isso, em diferentes abordagens e tipos de exportação, todos os Incoterms podem ser utilizados quando se tem a Europa como destino. Porém, é importante estar atento a quais são mais recomendados para realizar a exportação com mais segurança.
Incoterms mais utilizados
Dentro de todas as categorias, cada Incoterm possui suas próprias especificidades, por isso é importante se atentar aos mais utilizados. O FOB (Categoria F) e o CIF (Categoria C) são os mais utilizados por proporcionarem um equilíbrio de obrigações entre importador e exportador.
O primeiro determina que as obrigações do exportador terminam quando o exportador encaminha a mercadoria no porto. Já o segundo confere ao vendedor maior responsabilidade no percurso do produto, que arca com o frete e seus possíveis riscos por toda a viagem marítima, porém, normalmente esses custos são incluídos no valor da mercadoria e por isso não são discriminados na nota fiscal.
Além disso, com as alterações realizadas em 2020 o FOB e o CIF agora são mais amplos do que antes, englobando as funções do FCA e do ICP, agora podendo ser aplicados até mesmo para o transporte em containers. Muitas outras alterações foram realizadas com a atualização realizada esse ano, como a eliminação, desdobramento e ampliação de outros Incoterms.
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O que são os Incoterms?
Qual sua importância dentro do processo de exportação?
Quais são os Incoterms?
Quais são mais utilizados?
Até onde vão as responsabilidades do exportador em cada Incoterm?
Atualização dos Incoterms (2010-2020)
Fontes: Valor Econômico | TradeWorks
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