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Descubra mais sobre o fortalecimento da moeda chinesa e sua ascensão no comércio internacional


A definição de quais moedas dominam o cenário internacional é uma pauta que deve prender a atenção de investidores ou mesmo de quem deseja exportar ou já trabalha com exportação. Atualmente, o que podemos observar é a ascensão da moeda chinesa. No início do século a inserção do yuan como parâmetro de moeda no cenário internacional era discutida, enquanto os EUA exigiam que o governo chinês reduzisse sua intervenção na economia como premissa para dar garantias ao ̈mercado” e por fim deixasse a moeda flutuar.

Em 2004 o yuan era a 35º moeda em transações, hoje a moeda está entre as dez maiores. As maiores taxas de crescimento de seu PIB e ser o maior exportador do mundo alteraram este parâmetro positivamente. O desempenho chinês no comércio mundial garantiu que diversos países aceitassem sua moeda como pagamento, já que passaram a depender da importação do país asiático.

O Fundo Monetário Internacional inseriu o yuan na cesta que mensura as transações internacionais de pagamentos, mas é preciso reconhecer que o dólar ainda é 60% das reservas cambiais e é líder em transações comerciais e de serviços. Este modelo se mantém principalmente porque os Estados Unidos é deficitário na balança comercial e paga suas contas através de sua moeda, espalhando o dólar pelo o mundo. No caso da China, vê-se o contrário: com a balança comercial superavitária, o país acumula e ainda não distribui yuan. Isso porque a potência americana promove o financiamento deste ̈déficit ̈, seja fiscal ou comercial, através da emissão de papel-moeda.

A ascensão da China e o fortalecimento da moeda chinesa

Alguns fatores devem ser levados em conta na questão do fortalecimento da moeda chinesa: o primeiro é que a China é detentora da maioria dos títulos da dívida da nação da América do norte e caso seja necessário impor sua moeda, o país não deixará de usar esses títulos.

O segundo fator é considerado o mais importante porque se desenrola atualmente. Quando se fala em mercado de demanda da moeda norte-americana, vemos o Oriente como grande acumulador de recursos, através dos quais se utiliza o dólar como forma de pagamento. A mudança para venda de barril de petróleo em moeda chinesa (mudança que foi iniciada na Venezuela) tende a reduzir consideravelmente esta procura, o que implica na sua desvalorização. Nesse contexto, surgem os petroyuan em detrimento dos petrodólares.

O terceiro fator é que a China possui a maior produção mundial em ouro e pode lastrear sua moeda, ao contrário dos Estados Unidos. Desde o abandono estadunidense do padrão-ouro no ano de 1971, por incapacidade de honrar a paridade lançada em Bretton Woods (1946), o país não consegue alterar a realidade no médio prazo.

Então, o que se vê no cenário global atual é que a China promoverá a internacionalização do iuan “de forma firme e prudente”, de acordo com declarações do Banco Central Chinês no mês de setembro. Especialmente neste ano de 2021, a China desenvolverá ainda mais os mercados offshore da moeda, e por isso os exportadores e investidores devem mais do que nunca estarem atentos a esse contexto.

Os acordos transfronteiriços em moeda local totalizaram 28,39 trilhões de iuanes (US$ 4,39 trilhões) em 2020, um aumento de 44,3% em relação ao ano anterior, disse o Banco Popular da China em seu relatório de internacionalização do iuan de 2021. Os acordos internacionais em iuanes representaram 46,2% do total de acordos internacionais, atingindo um recorde, disse o banco central. Ainda, o Banco Central Chinês afirmou que as liquidações transfronteiriças no comércio exterior alcançaram 4,78 trilhões de iuanes no ano passado, um aumento de 12,7% em relação a 2019. Por fim, acrescentou que isso fortalecerá o monitoramento dos fluxos de capitais internacionais e evitará riscos sistêmicos.

A China tem tentado aumentar a influência global do iuan desde 2009 para reduzir a dependência do dólar dos EUA no comércio e em acordos de investimento e assim desafiar o papel do dólar como principal moeda de reserva do mundo. Mas, é importante lembrar que a China mantém um controle rígido sobre a moeda nacional devido a preocupações relacionadas à volatilidade excessiva e como isso pode afetar os fluxos de capitais internacionais, vindo a prejudicar a economia chinesa, apesar de alguns passos em direção à liberalização.



Controle de capitais na China e o mercado da exportação

Até 1979, apenas o Banco do Povo da China (BPC), cujas funções hoje se restringem às de um Banco Central, era a única instituição bancária existente no país. O próprio BPC era responsável pela canalização dos recursos para investimento. Desde então, foram criados mais quatro grandes bancos nacionais, o Banco da Agricultura da China, o Banco da China, o Banco da Construção da China e o Banco Industrial e Comercial da China, todos estando principalmente voltados para o financiamento de empresas estatais. A partir de 1995, o governo chinês realizou reformas para transformar os Quatro Grandes em bancos comerciais. Em 2003, teve início um novo processo de reformas nos bancos comerciais para aumentar sua competitividade antes de abrir o setor bancário à concorrência externa. Além de tornar os bancos chineses mais competitivos, essas reformas deveriam atrair investidores estratégicos para o setor e prepará-los para que possam ser listados em bolsas estrangeiras. Os investidores estrangeiros contribuíram não apenas com capital, mas também com a experiência adquirida em gerenciamento e governança corporativa, além de trazer novos produtos, aumentando a eficiência e o potencial de retorno dos bancos chineses. Ainda há forte influência do partido nos bancos; mesmo quando não estão nominalmente presentes nos conselhos, decisões de grande importância ainda são tomadas por eles extra-oficialmente.

Comparados aos mercados de países vizinhos como Coreia, Malásia e Tailândia, os mercados chineses ainda estão muito pouco desenvolvidos. O lançamento de títulos corporativos é bastante restrito, sendo supervisionado pelo banco central e agências reguladoras. Recentemente, com a eliminação da obrigatoriedade de aprovação dos títulos lançados por comissões de planejamento, o número de títulos lançados começou a acelerar. No que diz respeito às reformas nos sistemas bancário e financeiro, a China se vê dividida entre as pressões internacionais para a abertura dos mercados e adoção de padrões de eficiência e a preocupação do governo em manter o emprego e a estabilidade. Apesar dos avanços que já foram feitos em direção a um setor bancário mais transparente, com adoção de critérios de mercado, ainda há distorções e novas reformas serão necessárias. Essas reformas serão decisivas para que os mercados financeiros chineses venham a se desenvolver.

A economia chinesa entrou em uma nova etapa de seu processo de internacionalização onde a extroversão financeira passou a ter maior proeminência. A nova postura que o governo chinês vem apresentando desde a crise de 2008 com relação ao uso internacional de sua moeda, representa mais um passo no processo de internacionalização da economia chinesa. O fato de que o governo agora adota uma postura favorável à internacionalização do iuane renmimbi e vem promovendo políticas para reforçar sua influência global naturalmente facilitará esse processo. No entanto, o ritmo das reformas nos mercados financeiros, no sistema bancário e no regime de conversibilidade mostram que tal processo se dá de forma gradual e que a principal preocupação chinesa é a manutenção do elevado crescimento com estabilidade macroeconômica e política.

As relações comerciais com a China e o mercado internacional

Em um futuro próximo, não é possível afirmar que o yuan renmimbi representará uma ameaça à hegemonia do dólar ou do euro, principalmente no que diz respeito aos seus usos como constituintes de reservas estrangeiras. Até alcançar de fato o status de moeda internacional, no entanto, é provável que a moeda chinesa passe a ser mais amplamente utilizada, num primeiro momento, na região em que a influência econômica do país é mais forte, ou seja, entre os países do Leste Asiático.

Para quem exporta ou deseja exportar, sabe que a China é um parceiro promissor em relações comerciais, especialmente quando estamos falando de Brasil. Por isso, é fundamental conhecer bem o mercado internacional, pois não basta saber escolher o destino mais adequado para exportar, é preciso conhecê-lo de forma aprofundada pode propiciar a diluição dos riscos de investimentos e aumentar as chances de sucesso do investimento. Por isso, o trabalho de uma consultoria especializada em exportação como a Orbe Consultoria Internacional é essencial para garantir essa maior segurança no processo.

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